Friday, July 19, 2002

Situação resiste em tomar
partido pelos jornalistas


Feio, mal escrito e desprovido de conteúdo. Essas são as principais características do manifesto da auto-denominada “Resistir sem partidarizar”, a chapa apoiada pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará.

No mesmo estilo que tem caracterizado os vazios editoriais de O Jornalista – o órgão oficial informativo do Sindicato –, o redator do panfleto da situação gasta dois parágrafos tergiversando sobre a redução dos lucros na Vanity Fair, Playboy, The New York Times, Reuters, na imprensa argentina, nos grandes jornais brasileiros, na Globo, etc, como se os problemas de caixa das empresas jornalísticas fossem a única e exclusiva fonte dos agravos enfrentados pelos jornalistas no continente.

São nada menos que 22 linhas de “nariz de cera” para revelar um equívoco: o jornalismo nas Américas está em crise porque as empresas estão com problemas de caixa. A demissão em massa de jornalistas nas ORM merece prosaicas quatro linhas do manifesto.

Seguem-se mais sete linhas utilizadas para criticar a liminar da juíza Carla Rister, que desregulamenta a profissão em nome da liberdade de expressão, e pregar a união. Mas união em torno de quê? – indaga o distinto público. Ao que o manifesto responde: da pluralidade de opiniões.

Ou seja, os jornalistas do Pará não precisam de um sindicato que dê respostas à precarização das relações de trabalho, às contratações irregulares sem carteira assinada, ao avanço dos problemas de saúde mental – como a depressão e as drogas – que tem vitimado dezenas de colegas, à falta de perspectivas profissionais, à ausência de uma carreira profissional, à ameaça de demissões, ao rebaixamento de salários, à sobrejornada de trabalho.

Como tudo isso, na opinião da chapa da situação, é produto da crise de caixa nas empresas, há muito pouco a fazer. O Sindicato deve se resignar a constatar essa triste realidade, se limitar a homologar as demissões e continuar arrecadando regiamente a contribuição de seus associados para assegurar o que o manifesto da situação chama pomposamente de “um dos princípios basilares do jornalismo – a pluralidade de opiniões”. Tudo igual ao que já vem sendo feito nos últimos seis anos
.
Seria cômico, se já não fosse trágico há muito tempo. O manifesto da chapa da situação nos conduz a apenas uma constatação: a única resistência dos companheiros é em tomar partido pelo que interessa - os jornalistas do Pará. Não os do Vanity Fair ou os do The New York Times, que certamente devem estar cuidando de manter a integridade de suas representações de classe, mas dos colegas que ralam no dia-a-dia das redações e das assessorias de imprensa deste maltratado Estado.

PS. Os colegas da situação precisam convocar um redator com urgência para eliminar os erros de digitação que suprimiram por várias vezes o “r” da palavra próprio e, certamente, provocaram alguns dos muitos erros de concordância que atravancam o texto e o tornam muitas vezes ininteligível. Já que a direção do Sindicato não consegue lutar para manter os empregos, vamos ao menos dar uma força para preservar a Língua Portuguesa.

Wednesday, July 17, 2002

Fique de olho !

A comissão eleitoral tem até esta sexta-feira para publicar os termos do acordo firmado entre as duas chapas para as eleições dos dias 5 e 6 de agosto.
O documento trará, entre outras coisas, a composição das mesas de votação e da mesa apuradora e, ainda, o roteiro das urnas itinerantes que, este ano, serão duas.
Assim que o texto for publicado, nós divulgaremos aqui no blog. Fique atento ao horário em que a urna irá até o seu local de trabalho e não deixe de votar.
Triste Ironia...

As eleições do Sinjor-PA acontecem em um ano eleitoral no Brasil. Dá para tirar umas conclusões bem interessantes se fizermos um paralelo entre as duas disputas.

Em anos eleitorais, quando o TRE termina a apuração das urnas, muitos coleguinhas costumam se reunir em mesas de bar para afogar as mágoas pela derrota deste ou daquele candidato. Reunidos nos botecos, nós pensamos, entre um gole e outro de cerveja., que "o povo não sabe votar" e nos sentimos pairando acima dessa massa manobrável de eleitores. Somos superiores, somos formadores de opinião.

Infelizmente não é assim. Muitos dos nossos coleguinhas, nas eleições do Sinjor-PA, estão pensando em trocar seus votos por favores. Quando dizemos "vou votar na Caetana porque ela é legal, até ajudou a regularizar minha situação profissional", nos colocamos no mesmo nível daquele pobre trabalhador que não teve oportunidade nenhuma de se escolarizar e diz "vou votar no candidato x porque ele é bom, me deu um milheiro de tijolo".

A atitude do trabalhador é, na verdade, muito menos condenável. Ele não tem acesso à informação, não sabe que está sendo usado. O voto trocado por registro profissional, ou coisas do gênero, é muito pior do que o voto comprado com uma cesta básica ou um par de sandálias.

Se nós reproduzimos esta situação dentro do nosso próprio sindicato, se nos acovardamos com medo de futuras retaliações como se não soubéssemos que o voto é secreto, que direito temos de cobrar algo da população ? Como podemos abrir a boca para criticar as táticas usadas por alguns políticos brasileiros? Pior ainda : como podemos trabalhar em campanhas eleitorais ou dizermos, de peito inflado, que apoiamos uma mudança de rumo na política brasileira?

Pensando bem, não é à toa que no Brasil a renovação política é difícil e os políticos que enveredam pelo caminho do fisiologismo são os que têm maiores chances de sucesso...

Regularize djá !

O que você está fazendo aí parado que ainda não foi regularizar sua situação no sindicato ?
Tá bom, NÓS, jornalistas, esperamos até você terminar de ler as notícias de hoje do blog...
Mas, vá logo! O prazo, é sempre bom lembrar, termina dia 31 de julho.
Depois disso, você só terá chance de votar novamente daqui a três anos.
E aí, pode ser tarde demais...
Programe-se

Estamos organizando uma grande festa para o lançamento do programa da chapa 1, a NÓS, jornalistas.
Nosso encontro será no dia 25 de julho, na sede social da AABB, na José Malcher, em frente ao restaurante "Lá em Casa".
Todos NÓS, jornalistas, estamos convidados.
Em breve vamos divulgar a programação musical, aguarde !

Tuesday, July 16, 2002

Parece até piada !

Cena passada na sede do Sinjor-PA.

Nemézio, o presidente da chapa da situação, aguarda o início de uma reunião da comissão eleitoral quando surge dona Alzira, uma simpática colega aposentada.
D. Alzira se aproxima do candidato e, feliz, faz questão de comprimentá-lo :
- Você é que é o Nemézio ? Faz um tempo que eu estou querendo conhecê-lo ! Eu sou a Alzira.
Nemézio rapidamente amarra no rosto sua típica máscara blasé e estende a mão, formal :
- Como vai?
D. Alzira :
- .................
Passados alguns segundos de constrangimento, D. Alzira finalmente consegue dizer :
- Nemézio, eu sou a Alzira ! Eu estou com você na chapa !
Nemézio, forçando uma expressão ainda mais blasé, vira-se e fala para todos no sindicato :
- Estão vendo como minha chapa é plural ?
Nemézio vira as costas.
Fecha a cortina.

Coitada da D. Alzira, tão simpática ! , merecia um tratamento melhor...
Não vamos dormir no ponto !

Só vai poder votar nas eleições dos dias 5 e 6 de agosto quem tiver regularizado sua situação até o dia 31 de julho. Por isso, vamos correr até o sindicato e acertar nossas contas ( por falar nisso, o que é feito das contas, Caetana?) se possível ainda esta semana.

Quem está devendo o sindicato pode pedir parcelamento da dívida. Pagando a primeira parcela o sindicalizado já está apto a votar.

Se você pediu para se desvincular do sindicato, pode voltar a qualquer tempo e pedir sua refiliação. Neste caso, você não tem dívidas acumuladas e paga apenas a taxa de sindicalização. O mesmo vale para quem veio de outros estados e quer se sindicalizar aqui. A sindicalização deve ser feita na hora e você já sai prontinho para votar.

Quem está desempregado ou aposentado está liberado do pagamento da mensalidade do sindicato, mas precisa ir até a sede do Sinjor-PA levando a carteira profissional para assinar uma declaração e ser liberado do pagamento.

Se você ainda tiver alguma dúvida, mande um e-mail para NÓS, jornalistas.

nosjornalistas@yahoo.com.br
Bug no Blog

Depois de passar por problemas técnicos (desculpem a nossa falha !) nosso blog está de volta e, melhor, de cara nova.

É isso aí ! Xô mau olhado, que mandinga não pega em NÓS, jornalistas !